O crescimento de 40% no número de lojas de conveniência em postos de gasolina, apenas nos últimos dois anos, chamou a atenção da Coca-Cola. Para estreitar o relacionamento com esse canal de distribuição, a fabricante de bebidas criou uma promoção em parceria com seis das maiores redes de postos do país e com a TAM.
Desde o dia 26 deste mês (segunda-feira) até o fim de março, 1,3 mil lojas de conveniência de um total de 5,5 mil existentes no país vão vender uma embalagem reformulada, mais prática, com seis latas de Coca-Cola. Os pacotes contêm cupons que poderão ser trocados por prêmios – 100 mochilas com tocadores de música – e enviados para um sorteio de três viagens e 20 laptops.
A TAM, que dará viagens aos premiados, permitirá que os passageiros participem dos sorteios quando fizerem check-in pela internet. O uso do serviço poderá crescer 40% e atingir 210 mil clientes ao mês durante a promoção, segundo disse a gerente de marketing institucional da TAM. Já a Coca-Cola, através de seu diretor de contas-chave, afirma que a promoção poderá elevar em 30% as vendas do refrigerante nas lojas de conveniência participantes.
Para o vice-presidente do Sindicato Nacional de Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), que representa as redes de postos envolvidas na promoção, a Coca-Cola atendeu uma solicitação antiga do setor ao criar a embalagem especial para lojas de conveniência. No caso da fabricante de bebidas, ela substituiu o pacote de plástico por um de papelão que tem uma espécie de trava e permite retirar latas uma a uma sem rasgar a embalagem.
Com essa iniciativa espera-se que outras empresas tendem a fazer adaptações em suas embalagens para que essas se adequem às propostas das lojas de conveniências. Um exemplo de um produto adequado ao canal é a embalagem pequena da batata Pringles, mais barata e no tamanho certo para quem quis tapear a fome enquanto abastece o carro.
O crescimento do setor acompanha o aumento da frota de veículos do país. Neste ano, o cenário econômico desfavorável pode congelar investimentos em novas lojas. Mas o potencial de expansão permanece alto. Hoje, apenas 15% dos 35 mil postos do país têm lojas de conveniência. Nos EUA e na Argentina a proporção chega a 84% e 37%. Além disso, as lojas podem elevar a receita do posto em cerca de 10% e ter margens maiores do que vendendo combustíveis.
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