Aletp - Alessandro Temperini

Seu preconceito não cala a nossa voz

Projeto dá voz às pessoas que sofrem preconceito por serem o que são. Confira depoimentos fortes de pessoas reais que vivem na pele esse problema mundial.

Eu sei que perdi o time de colocar esse post aqui no blog, mas resolvi publicar mesmo com atraso pois gostei bastante do conceito desse projeto idealizado pela equipe da agência Zeca. como eles mesmos escreveram: “…carrega consigo um monte de representatividade, importância e emoção”.

Diariamente pessoas LGBT+ são oprimidas apenas por serem o que são. Neste mês do Orgulho LGBT+ é mais do que importante dar voz a pessoas que já passaram por alguma situação triste e expôr todo tipo de preconceito. Alguns depoimentos estão sendo divulgados em vários lugares: no jornal, nas mídias sociais da Zeca e também nas ruas da capital sergipana, porque o objetivo é fazer pelo menos um pouco de diferença para essa comunidade.

Confira algumas situações de preconceito

“Sofri preconceito quando cortei o cabelo curto da primeira vez. Minha chefe me falou que um médico foi questioná-la se esse é o tipo de enfermeira que o hospital tava contratando agora, se eu não tava escancarando demais ou algo do tipo.” (Tawany Paixão, 26 anos, mulher cis, lésbica e enfermeira).

“Na minha adolescência, quando assumi que gostava de mulher pra mim mesma, eu presumi que uma pessoa não podia gostar dos dois e que homens estavam proibidos para mim a partir dali. Por isso, sempre falei para todos, inclusive no trabalho, que era lésbica. Quando a atração inevitável por homens começou a aparecer mais, eu resolvi não reprimi-la, mas no trabalho, as pessoas não aceitavam que uma lésbica assumida ficasse com homens. Era sempre em tom de brincadeira, mas já ouvi que sou confusa e que, meus relacionamentos com homens eram só uma fase. Na época, eu ria junto, mas sentia que ninguém me levava a sério (eu não me levava a sério). Hoje, eu tenho convicção que sou bi e lido melhor com essas situações sempre conversando e tentando desconstruir quem está disposto a escutar.” (Carolina Cunha, 22 anos, mulher cis, bissexual e publicitária)

“A maioria dos colegas de trabalho que eu já tive reforça a ideia de que ‘agência de publicidade é um ambiente moderninho e descolado, então vale tudo por aqui’. Talvez por esse motivo, eles se sentiam à vontade (com uma liberdade que muitas vezes só existia na cabeça deles) pra fazer comentários totalmente machistas e homofóbicos, chegando ao ponto de comentarem sobre outras mulheres e até me mostrarem fotos delas, só pelo simples fato de eu ser lésbica. É super importante levar essa discussão pra vários ambientes de trabalho, principalmente os que são (ou acham que são) cool.” (Luana Menezes, 24 anos, mulher cis, lésbica, publicitária)

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