Aletp - Alessandro Temperini

MINI | História da Marca

Reconhecido de imediato: compacto na frente, igualmente compacto na traseira, ainda assim com espaço de sobra para acomodar 4 pessoas confortavelmente. Este design faz do MINI único como as pessoas que o dirigem. Ele tinha tudo para passar despercebido pelo mercado quando foi lançado. A começar pelo tamanho. Mas virou uma lenda, que conquistou Hollywood, os Beatles e até mesmo a sisuda monarquia britânica. Um carro que ficou mundialmente conhecido pelo seriado Mr. Bean e pelas campanhas ousadas e criativas da agência americana Crispin Porter + Bogusky.

História
Tudo começou quando o engenheiro de origem turca, Alec Arnold Constantine Issigonis, da montadora britânica Morris, foi convocado, em virtude da grave crise do petróleo no final da década de 50, a fazer um carro pequeno, com no máximo três metros de comprimento, que transportasse quatro adultos, barato e que consumisse pouquíssima gasolina. Ele sabia que a quarta razão para se fabricar o carro era a que de fato importava. O carro, com o nome de código ADO 15 (sendo ADO a sigla de Austin Drawing Office, ou departamento de estudos da empresa, e 15 o número do projeto), foi desenhando e desenvolvido em tempo recorde. Dois protótipos foram construídos e em julho de 1958, Alec, convidou o diretor-gerente da montadora, Sir Leonard Lord, para testá-lo. O pequeno carro entusiasmou Sir Lord, que determinou sua produção imediatamente. Em 8 de maio de 1959 o mercado inglês conhecia um carrinho pequeno (media apenas 3,05 metros de comprimento), leve (pesava somente 620kg), com inovações como carroceria monobloco, motor transversal, tração dianteira, suspensão sem amortecedores e rodas de 10 polegadas, que se tornaria um ícone da indústria britânica.

O Austin MINI impressionava pelo aproveitamento do espaço e pela estabilidade. Mas talvez a mudança de conceito mais admirável, e que fez dele uma lenda da indústria automobilística, tenha sido a utilização de solda externa da carenagem. Dividida em pequenas peças, podia ser toda encaixada pelos cantos. E manualmente. O resultado foi uma drástica diminuição dos custos. O MINI poderia chegar às lojas com um preço imbatível, pouquíssimo superior ao de produção. Era um automóvel genial, mas o sucesso não veio de imediato. Uma conta equivocada fez com que os primeiros lotes do carro fossem ofertados com preço abaixo de custo, e as perdas da BMC foram bastante razoáveis. O sucesso de público e crítica somente piorava a situação. E a direção da empresa pensou em acabar com o projeto.

A década seguinte seria de redenção para a British Motor Company. O público estava dividido. Mas seu poder de sedução era tão grande que aqueles que o compravam, espalhavam a boa notícia das qualidades daquele carrinho tão simpático. Sua crescente popularidade coincidiu com os “loucos” anos 60, transformando-se em objeto do desejo de artistas de cinema e consagrando-se em uma seqüência célebre de perseguição no filme The Italian Job (1969), com Michael Caine e Margaret Blye. Agilidade sempre foi o forte do carrinho. Ele era capaz de vencer as mais estreitas ruelas européias, podia ser manobrado no espaço de meia rua e cabia em qualquer lugar. É preciso que se admita: o carro de Sir Alec deve muito de seu sucesso a um adjetivo pouco convencional, chamado na época de “classlessness”. Decididamente criado para as massas, o MINI era tão carismático que, no início dos anos 60, já contava entre seus fãs com duas instituições britânicas. Acostumada com Rolls-Royce e Bentley luxuosíssimos, a Rainha Elizabeth II tinha um MINI prateado.

Os Beatles também circulavam com o carrinho. Era um carro excelente para disputar provas de velocidade. Uma questão de tempo até aparecer alguém disposto a fazer algumas modificações e colocá-lo à prova. O rapaz se chamava John Cooper, filho de Charles Cooper, dono da Cooper Car Company, especialista em carros de corrida. Assim que o primeiro lote do automóvel ficou pronto, o empresário adquiriu algumas unidades para testes. Primeiro turbinou o motor, subindo a potência para 997 cilindradas. Também mudou o sistema de freios, e rebaixou o chassi para dar mais estabilidade. Foi o grande vencedor do Rally de Monte Carlo de 1964. A imprensa européia estampava manchetes alucinadas: “Um milagre sobre rodas”. O sucesso do modelo de Cooper foi tamanho que a fábrica resolveu colocá-lo à venda. Em 1964, foram vendidas mais de mil unidades. Quando a linha de montagem do MINI Cooper fechou as portas, em 1967, o carro contabilizava mais de 12 mil unidades vendidas. Nesse meio tempo, John Cooper aproveitou para criar um outro modelo ainda mais esportivo, com 1.071 cilindradas. Ficou conhecido como MINI Cooper S (de Sport) e vendeu mais de quatro mil unidades em menos de um ano.

A globalização do MINI conheceria seu ápice em 1972, quando o modelo Cooper passou a ser fabricado pela fábrica Innocenti na Itália. Nascia o Innocenti Cooper, um mito de Milão à Sicília. Foi somente no ano de 2000 que o pequeno automóvel saiu de cena para dar lugar ao novo MINI, reinterpretado e fabricado com a chancela da BMW. A marca e o modelo são as únicas heranças da britânica Rover, após sua venda para o grupo alemão em 1984. O carro era tão apaixonante, a ponto da BMW ter vendido a Rover, mas ter mantido os direitos sob a marca MINI. O novo modelo era sucessor direto do clássico de 1959. Essa nova geração unia tecnologia de ponta, modernos e eficientes padrões de segurança e qualidade, assim como a tradição dos valores da marca MINI, tais como otimização do espaço interior aliado a um exterior de dimensões compactas.

O novo modelo foi totalmente desenvolvido na Europa, com design e engenharia elaborados na Alemanha e Reino Unido, sendo produzido segundo os padrões de qualidade do Grupo BMW. A maior diferença para o MINI clássico era mesmo o preço. O carro agora valia o peso de sua história mítica. A fim de distinguir o novo modelo do antigo, passou-se a denominar MINI (com letras maiúsculas). Em 2001, para incrementar ainda mais seu valioso produto, a montadora apresentou um modelo mais potente e esportivo, o MINI Cooper S, um carro com ar mais agressivo e um motor mais potente. Três anos depois surgia a versão conversível, chamada MINI Cooper Cabrio.

Culto a marca
Os automóveis da marca MINI se tornaram um objeto cultuado e muito exclusivo, não somente em relação ao preço, mas por ser uma recriação retro-futurista do antigo MINI Cooper. Agora sob chancela do Grupo BMW, o MINI Cooper vem ao encontro dos motoristas mais entusiastas, que vêem no MINI um veículo atraente, emocionante e bem adaptado ao ambiente urbano, tendo um posicionamento único no mercado de automóveis de pequeno porte. A conjugação de elementos cromados com as formas arredondadas da carroceria revelam um equilíbrio perfeito. O MINI é ágil e divertido de dirigir. Esse divertimento ao conduzi-lo foi um critério inerente ao desenvolvimento do produto/marca. É comum nos Estados Unidos e Europa ver atores, atrizes e personalidades famosas circulando a bordo do pequeno carro.

A marca no mundo
A marca, cuja proprietária atual é a BMW, comercializa seus automóveis em 42 países ao redor do mundo, tendo na Europa seu maior mercado.

Curiosidades
> Com a infindável escolha de equipamentos e acessórios de série, assegura-se que em cada 200 mil MINI que saem das linhas de produção, somente dois são absolutamente idênticos. No total, o MINI oferece mais de 250 opções de acessórios.
> Foram vendidos mais de 5,7 milhões em quatro décadas de produção. Somente em 2005 foram vendidos 200.400 unidades, sendo a primeira vez que a marca ultrapassou a barreira dos 200 mil veículos comercializados em um único ano.
> A marca MINI ocupa a posição de 22 no ranking das mais influentes do mundo.

Fonte: Mundo das Marcas

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  • Bom dia, gostaria de saber onde encontar um mini cooper de preço baixo para reformar, é um carro pequeno e economico , tabém se possivel qual o nome do filme que utilizaram os minis para o assalto gostaria de ver os modelos e as cores.
    Obrigado

  • […] pequeno e desejado MINI, tanto que hoje a marca está no 22º lugar das mais influentes do mundo. (Leia o artigo na íntegra) Mais sobre a oferta MINI ONE Groupon Imagine dirigir um carro querido pela realeza inglesa e […]

  • Sim, o Groupon tem MINI ONE! – Anuncie ou coloque seu conteúdo grátis em nosso blog disse:

    […] Quando ficou pronto, o carrinho encantou a todos, mas devido a um engano, os primeiros lotes foram divulgados com o preço abaixo do custo. Com as enormes perdas que obteve, a empresa até mesmo quis abandonar o projeto, porém logo deu a volta por cima: o MINI teve uma impressão tão positiva entre todos que até chegou ao cinema, conquistou a Rainha Elizabeth II e os Beatles! Daí por diante, só sucesso para o pequeno e desejado MINI, tanto que hoje a marca está no 22º lugar das mais influentes do mundo. (Leia o artigo na íntegra) […]