O livro “A Natureza do Homem no Raso da Catarina” do fotógrafo baiano Alvaro Villela lançado na Pinacoteca do estado de São Paulo em setembro de 2006, juntamente com a exposição homônima, foi considerado pela crítica especializada de São Paulo, um dos dez melhores livros de fotografia lançados no Brasil em 2006. Como disse o jornalista e crítico Eder Chiodetto, “Desconhecido do público, Alvaro Villela foi uma das boas surpresas este ano (…) As imagens realizadas no Raso da Catarina constroem um rica narrativa sobre a mística da região e seu singular povoado. As cenas captadas, sempre muito próximas dos assuntos e das pessoas, se tornam orgânicas (…) Vale a pena pela força e originalidade.” (Revista Fotosite nº15).
Situado no extremo sertão da Bahia, o Raso da Catarina, lugar marcado pelos signos do cangaço de Lampião e do messianismo do Antonio Conselheiro é considerada uma das regiões mais áridas do país. Entre as touceiras espinhentas de facheiros e xiquexiques, a temperatura pelo dia nunca é inferior aos 40ºC. Até o lagarto Teiú, bicho afeito aos calores da região, se esconde nas sombras da umburana seca, ou se enterra na areia quente até encontrar um pouco de umidade, só saindo à noite, quando a temperatura, como em todo deserto, cai até cerca de 15ºC. Entre as touceiras espinhentas de facheiros e xiquexiques, a temperatura pelo dia nunca é inferior aos 40ºC. Até o lagarto Teiú, bicho afeito aos calores da região, se esconde nas sombras da umburana seca, ou se enterra na areia quente até encontrar um pouco de umidade, só saindo à noite, quando a temperatura, como em todo deserto, cai até cerca de 15ºC. No entanto, este local insólito é o paraíso dos índios Pankararé. Mestiços, enraizados entre negros e índios, o povo do Raso da Catarina é a expressão mais brasileira do que podemos legar entre ancestralidade e memória. Essa é uma região que guarda mais que belezas geográficas e bichos em extinção, é o último refúgio de um dos tesouros mais bem protegidos do sertão, uma riqueza que não reluz e não se toca: a memória ancestral do sertanejo.
Alvaro Villela, além da fotografia publicitária que faz para as melhores agências de Salvador, vem desenvolvendo um trabalho autoral que aponta na perspectiva da inclusão social. Como diz o próprio autor, “Eu sou um contador de histórias da raça humana… sofrida, abandonada e, no entanto bela. Como é bela a própria vida, apesar de tudo!”.
Villela, que em 2006 trouxe para Salvador sua exposição individual intitulada Cuba dos Cubanos, promete que este ano, seu novo trabalho, A Natureza do Homem no Raso da Catarina, que foi vista por mais de 200 mil pessoas na Pinacoteca de SP, durante os cinco meses de exposição no museu paulista, estará na capital baiana durante o festival Agosto da fotografia.
Fonte: Imaginabilis
Fotógrafo baiano entre os 10 melhores…
livro “A Natureza do Homem no Raso da Catarina” do fotógrafo baiano Alvaro Villela lançado na Pinacoteca do estado de São Paulo em setembro de 2006, juntamente com a exposição homônima, foi considerado pela crítica especializada de São Paul…
´Parabéns pela trajetória bonita e vitoriosa.
Um grande abraço.
Também sou baiano (de Ipiaú).
Alvinho,tenho muito orgulho de ter vc. como meu filho!Seu olhar tem a magia dos poetas,consegue vislumbrar a sensibilidade do ser humano muito além do visível e do disível.Esta qualidade è de sua essencia.Desde criança vc. procurava descobrir o interior dos brinquedos, quebrando-os ,sem se importar com o visível,pois, só o .interior importava.DEUS lhe abençoe. Sua mãe.