Aletp - Alessandro Temperini

Festival Anima Mundi 2008

Começou ontem (23) e vai até domigo (27) a 12ª edição paulistana do festival Anima Mundi. O evento acontece paralelamente em dois locais, no Memorial da América Latina e no Centro Cultural Banco do Brasil. Juntos, receberão 441 filmes de 42 países.

Criado no Rio de Janeiro, em 1993, atualmente o evento é um dos três maiores do mundo, ao lado dos de Annecy, na França, e de Ottawa, no Canadá. Além de assistir aos filmes, o público paulistano poderá participar de fóruns e workshops sobre cinema e se divertir com videoinstalações em que se pode contracenar com desenhos animados.

Nesse festival, o mais bacana é que você paga de R$ 1,50 a R$ 6,00 e entra na sala para ver não apenas um, mas uma seleção com até doze títulos (de curtas de pouco mais de um minuto a produções de mais de uma hora).

Produções dos mais premiados animadores brasileiros serão exibidas no Memorial da América Latina e no Centro Cultural Banco do Brasil ao lado de filmes vindos de países como França, República Tcheca, Hungria e Reino Unido.

As técnicas são variadas: há desde desenhos infantis feitos com lápis e tinta sobre papel animados quadro a quadro, a longas-metragens adultos em que se utiliza os mais variados efeitos de computação gráfica.

Outra característica do Anima Mundi é a diversidade. Produções realizadas por estudantes concorrem em pé de igualdade com as de diretores experientes. Um exemplo é Maman Je T’Aime, trabalho de conclusão de curso de três jovens cineastas franceses, candidato a melhor curta deste ano. Quem pensa que só gente do meio se interessa pelo tema está enganado. Em 2007, o evento paulistano atraiu quase 40.000 pessoas ao Memorial. Mesmo número de visitantes da edição carioca, que durou dez dias.

Será uma bela oportunidade para conhecer um pouco da história e da vanguarda do cinema de animação. Enquanto numa sala os adultos assistirão a uma retrospectiva dos trabalhos de Ray Harryhausen, 88 anos, pioneiro no uso de massinha, em outra os adolescentes poderão trocar idéias com James McCoy, papa dos filmes em 3D feitos especialmente para jogos de videogame. O festival reúne produções que muitas vezes nem chegam ao circuito comercial. É o caso do curta-metragem Dossiê Rê Bordosa, do cineasta paulistano Cesar Cabral. Idealizado como um thriller policial ao estilo de O Bandido da Luz Vermelha, o filme estreou no festival de documentários É Tudo Verdade e levou dois prêmios no Cine-PE e três no Festival de Cinema de Paulínia.

+ informações ou para ver a programação completa, acesse o site oficial do festival.

Se não puder ir até o festival, assista a cenas de produções brasileiras, como o premiado Dossiê Rê Bordosa, de César Cabral, e Ícarus, de Victor-Hugo Borges, do estúdio de animação Glaz, ou a trechos de curtas-metragens feitos com o uso de computação gráfica, como o belga Dji Vou Véu Volti, de Benoit Feroumont, e o norte-americano Unpredictable Behaviour, de Ernst Weber e Pasha Shapiro clicando aqui.

Incluir comentário