Aletp - Alessandro Temperini

YouTube fecha parceria com a NBA

por Priscila Bertozzi da Máquina do Esporte.

Se você não pode vencer o inimigo, una-se a ele. Esse parece ter sido o lema da Liga de Basquete Norte-Americano, que anunciou na última terça-feira uma parceria com a atual vedete do mundo virtual, o Youtube.

Após vários meses de críticas e ameaças de denúncia, uma NBA resignada ao poder do espaço de compartilhamento de vídeos pela internet decidiu assinar um contrato com o site para disponibilizar um canal próprio destinado aos fãs da competição dentro da página.

O “Canal NBA” só mostrará conteúdos autorizados pela própria organização da liga. Os usuários do YouTube poderão continuar subindo materiais ligados à NBA, mas o compromisso assinado permitirá aos organizadores decidir quais vídeos continuarão na rede e quais deverão ser deletados.

“É um modo de os fãs dividirem sua paixão pelo jogo com outras pessoas. Isso faz com que nossa estratégia para o YouTube seja diferente da que seguimos no site NBA.com”, disse Steve Grimes, vice-presidente de serviços interativos da NBA, em entrevista ao jornal “New York Times”.

A liga onde atuam os brasileiros Leandrinho, Nenê e Anderson Varejão fará companhia a outros dois gigantes do esporte mundial que se renderam ao YouTube recentemente. Na última semana, o Chelsea [leia post aqui] se tornou o primeiro clube de futebol a firmar um acordo com site para a criação de um espaço exclusivo reservado à equipe.

Em novembro do ano passado, a NHL (liga norte-americana de hóquei) foi a primeira a ver o site como mais uma ferramenta de marketing. Pelo acordo, todos os vídeos das partidas da NHL estarão disponíveis no Youtube 24 horas após serem transmitidos pela TV. Além disso, o internauta poderá encontrar um conteúdo exclusivo sobre a liga.

Estes contratos fazem parte do esforço do YouTube para resolver os conflitos sobre propriedade intelectual dos vídeos que são disponibilizados pelos usuários no site. Os proprietários dos direitos autorais destes materiais costumam pedir ao site para deletar tais conteúdos. Em alguns casos, o portal chegou a um acordo sobre a permanência dos vídeos na web.

Fundado em 2005, o YouTube começou a sofrer com os problemas relacionados ao “Copyright” quando o Google anunciou a compra do espaço por US$ 1,6 milhões, em outubro de 2006. Na ocasião, o site foi obrigado a retirar do ar mais de 100 mil clipes da MTV, VH1, Nickleodeon e Paramount, a pedido da Viacom International.

No esporte, o primeiro a reclamar abertamente dos conteúdos do site foi o Bayern de Munique, seguido pela FA, entidade que controla o futebol inglês. Até o momento, a companhia tem acordos assinados com a Sony BMG Music Entertainment, Universal Music, CBS Corporation, Warner Music Group Corp., e NBC, para legitimar os vídeos encontrados no portal.

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  • A CBF e a FPF também podiam fazer!
    Só falta transmitir os jogos pela web ao vivo de grátis!!