Aletp - Alessandro Temperini

Domicílios com crianças até 12 anos foram os que mais se endividaram

A LatinPanel acaba de revelar pesquisa que mostra que os lares com crianças de até 12 anos foram os que mais se endividaram, em 2005.

Esses domicílios gastaram 5% a mais do que arrecadaram, enquanto a média das famílias brasileiras ficou no patamar de 3% de endividamento.

Fátima Merlin, gerente de atendimento da LatinPanel, explica que os pais fazem qualquer esforço financeiro para dar um bom padrão de vida aos filhos, e é por esse motivo que eles acabam gastando mais do que ganham.

Os lares com crianças de até cinco anos apresentaram gastos acima da média da população com higiene pessoal (+10%), principalmente por conta das despesas com fraldas, xampus, sabonetes e colônias. Os gastos com alimentação (+4%) e vestuário (+2%) também estiveram acima da média nacional.

Este grupo apresentou em 2005 uma renda média mensal de R$ 1.244, enquanto o gasto médio mensal no mesmo período foi de R$ 1.309. Do gasto total, 36% foi destinado ao consumo dos não-duráveis.

Os lares com crianças pré-adolescentes (6 a 12 anos) registraram nível de endividamento de 4%, puxado principalmente pelas despesas com vestuário (+44%), higiene (+38%) e alimentação (+31%), gastos que estiveram bem acima da média nacional. A renda média mensal destes lares foi de R$ 1.405 no ano passado, mas o gasto médio mensal foi de R$ 1.469 no mesmo período.

Guloseimas como pães, biscoitos e bolos estiveram com freqüência na mesa dos domicílios com pré-adolescentes. Estes itens contribuíram com o resultado final das despesas com não-duráveis – elas representaram 34% do orçamento destas famílias.

Os lares com adolescentes (13 a 17 anos) estão com nível de endividamento semelhante à média nacional – 3%. Como os jovens querem acompanhar as tendências e ter acesso à tecnologia, as despesas com comunicação (+38%) desse grupo estão bem acima da média nacional, assim como educação (+44%) e alimentação fora do lar (+31%). A renda média mensal destes lares foi de R$ 1.633, mas o gasto médio mensal foi de R$ 1.668. Deste gasto total, 34% foi destinado ao consumo de não-duráveis.

As informações foram extraídas de 8,2 mil entrevistas, realizadas semanalmente em todo o país, em municípios a partir de 10 mil habitantes. A amostra cobre 82% da população domiciliar e 91% do potencial de consumo do país.

Fonte: CCSP (ctrl C + ctrl V)

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