Aletp - Alessandro Temperini

Como e onde surgiram os 7 pecados capitais e quais são eles?

Os sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas eles só foram formalizados no século 6, quando o papa Gregório Magno, tomando por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais vícios de conduta: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, preguiça e inveja. Mas a lista só se tornou “oficial” na Igreja Católica no século 13, com a Suma Teológica, documento publicado pelo teólogo são Tomás de Aquino.

No documento, ele explica o que os tais sete pecados têm que os outros não têm. O termo “capital” deriva do latim caput, que significa cabeça, líder ou chefe, o que quer dizer que as sete infrações são as “líderes” de todas as outras. E, do ponto de vista teológico, o pecado mais grave é a soberba, afinal é nesta categoria que se enquadra o pecado original: Adão e Eva aceitaram o fruto proibido da árvore do conhecimento, querendo igualar-se a Deus.

A Igreja até tentou oferecer soluções para os pecados capitais, criando uma lista de sete virtudes fundamentais – humildade, disciplina, caridade, castidade, paciência, generosidade e temperança -, mas os pecados acabaram ficando mais famosos.

Outras religiões, como o judaísmo e o protestantismo, também têm o conceito de pecado em suas doutrinas, mas os sete pecados capitais são exclusivos do catolicismo.

Representação dos Sete Pecados Capitais por Jérôme Bosch

Breve descrição de cada um dos 7 pecados

Ira: Tem como sinônimos a raiva, a cólera, agressividade exagerada.

Gula: No sentido literal, gula é o excesso no comer e beber,na sua simbologia maior significa voracidade. A característica da gula é engolir e não digerir. A gula pode ser entendida como gula intelectual inclusive, o sentido que está por trás da gula é o de estar funcionando abaixo das nossas potencialidades.

Inveja: É o desgosto ou pesar pelos bens do outro, a dificuldade de admirar o outro, o sentimento de injustiça . A inveja nos faz perder o contato com nossas reais possibilidades.

Orgulho: É o brio, a altivez, a soberba. A sensação de que “Eu sou melhor que os outros” por algum motivo. Isto leva a ter uma imagem de si inflada, aumentada, não correspondendo a realidade.

Avareza: Define-se como estar excessivamente apegado a alguma coisa levando a um grande medo de faltar, uma percepção de escassez.

Preguiça: É definida como aversão ao trabalho, negligência. Este sentimento faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a possibilidade de solução destes. A preguiça não se resume na preguiça física mas também na preguiça de pensar, sentir e agir.

Luxúria: É definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso, tendo também conotações sexuais.

parte do texto é de Marina Motomura e foi originalmente postado na Mundo Estranho

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