Aletp - Alessandro Temperini

Motociclistas, um bando de grandes e estranhos caras felizes por serem Motociclistas!

Acabei de receber o texto abaixo por email. Não havia assinatura de quem era o autor. Gostei muito do texto e vou reproduzí-lo na íntegra (negritei algumas partes):

“Há algum tempo atrás, o pai de um anjo, que não está mais entre nós, com o n° 24 pintado em seu capacete, disse-nos que gastou muito tempo falando de história sobre vocês, mas, para ser honesto, eu nunca prestei muita atenção. Então, como ele era muito cabeça dura, ele me fez conhecer todos vocês, um por um. Ser abraçado e beijado por vocês, como se fosse o próprio filho; vestindo aquelas roupas de couro apertadas, aqueles capacetes coloridos, vocês pareciam realmente durões…

Mas uma vez que as viseiras fumês eram levantadas, vocês tinham olhos bonitos, limpos e cheios de lágrimas; olhos onde você poderia se perder neles, chegar em suas almas e ver que pura elas são.

Tirando suas roupas de couro, e, no final do dia, você veria que eles cresceram como crianças, nada mais que isso… Eles gostam da vida, carnes, cerveja e “tira gosto” e ainda procurando pela mãe, quando as coisas dão errado…

Tem gente que diz que quando montamos em nossas motos, anjos e demônios vão conosco!

Pode ser até verdade, é um tipo de dualismo que faz esse estilo de vida ser tão rico em emoções, que fazem seu coração bater mais rápido, parecendo que vai sair pelo peito a qualquer momento.

Demônios fazem você acelerar, irracionais e violentas aceleradas, na hora que a adrenalina corre direto para seu cérebro e você fica tremendo por vários minutos.

Anjos que carregam com eles a face a as vozes de quem não está mais conosco; vozes da experiência por vezes forjada em ossos quebrados.

Sim é verdade que você pode morrer pilotando uma moto; isso pode acontecer com qualquer um de nós isso machuca, REALMENTE MACHUCA.

Mas nada se compara à quantidade de vida que torna isso em lembranças fantásticas, em “flashes” que duram uma eternidade de risadas, aquelas risadas altas e profundas que vêm do coração, tão altas que fazem o sol brilhar num dia nublado.

Converse com qualquer um de nós, peça-nos para dizer sobre uma história de nossos últimos passeios alguma curva da estrada de sua montanha preferida, e você se perderá naqueles olhos sorridentes, naquele sorriso natural que gradualmente se espalha pelo rosto inteiro.

Converse com qualquer um de nós, pergunte como a vida seria se algum dia tivéssemos de desistir de nossa paixão e, tudo que você irá escutar é o som do silêncio, você verá que aquele rosto sorridente do “garoto” ficará vazio… como um marinheiro partindo para o mar ou como um pássaro com a asa quebrada…

Sim, você pode morrer em uma moto, mas acredite, não há melhor jeito de se viver o pouco tempo que nos é dado!

E se você não entendeu nada até agora, não se preocupe, você nunca entenderá!

Mas se um dia você estiver na estrada com sua família indo para a praia, na segurança de seu carro, e UM DE NOS passar vagarosamente pelo seu carro, você verá que seu filho, sentado no banco de trás, de repente vira a cabeça, acena e nos
cumprimentando empolgado; não tente entender seu filho também. Seu filho, com toda sua inocência, vê em nós uma centelha de algo que você nunca reparou!

E o motociclista acenará também, não há nada de errado e você sabe que… Anjos na terra se cumprimentam!

MOTOCICLISTAS, UM BANDO DE GRANDES E ESTRANHOS CARAS FELIZES EM SER MOTOCICLISTAS!

4 comentários

  • Me lembrou a vez que cheguei em casa e meu sobrinho no ANDADOR me imitou ligando minha velha CG. Quase chorei..auahauhauh

  • Sempre gostei de histórias de motoqueiros; mais essa realmente me emocionou, nunca senti um arrepio, como senti com essa história. Parece até fazer sentido, uma viagem que fiz ha pouco tempo; estava atraz de um carro e sem quê, nem pra quê, tive vontade de acenar pra uma criança que estava no banco de traz e a mesma retribuiu… lembrando disso me arrepiei. Parabéns galera!!!