Aletp - Alessandro Temperini

Instituto Sou da Paz | 10 anos de história

logo+instituto+sou+da+paz.jpg

No dia 11 de agosto de 1997, um grupo de estudantes lançava em São Paulo o primeiro movimento nacional de conscientização sobre o problema das armas de fogo: a campanha Sou da Paz. O país enfrentava uma grave escalada de violência e as armas apareciam como um potencializador desse problema.

A campanha contou com o apoio de organizações da sociedade civil e diversas personalidades. Além de recolher mais de 3.500 armas em poucos meses, a campanha inseriu o tema na agenda nacional, propondo medidas de restrição ao uso de armas de fogo, conscientizando a população sobre os riscos que as armas de fogo representam e reforçando o papel de cada cidadão na construção de uma sociedade mais segura.

campanhasoudapaz.jpg

A percepção de que a violência é um fenômeno complexo que exige ações em diversos âmbitos levou à criação, em 1999, do 1Instituto Sou da Paz. Hoje, o Sou da Paz conta com uma equipe de mais de 60 profissionais e desenvolve projetos e ações nas seguintes áreas: Controle de Armas, Adolescência e Juventude, Gestão Local de Segurança Pública e Polícia.

Ao longo destes 10 anos, atuou em parceria com os mais diversos atores, articulando sociedade civil e poder público, envolvendo escolas, policiais, empresas e entidades comunitárias, entre outros, na criação de metodologias inovadoras de prevenção da violência. Nessa trajetória, tem contribuído para a queda dos homicídios em alguns dos locais mais violentos de São Paulo, além de, com a aprovação do Estatuto do Desarmamento e da campanha nacional de recolhimento de armas, ter ajudado na redução – a primeira em 13 anos – dos homicídios do país. Além disso, milhares de adolescentes e jovens passaram pelos seus projetos e não só ampliaram o rol de oportunidades a que tiveram acesso como estão ajudando a mudar a cara das comunidades onde vivem.

arma+nao.jpg

Todo esse trabalho tem contribuído e conquistado resultados significativos na redução da violência e em direção a uma sociedade mais segura, como por exemplo:

• A aprovação do Estatuto do Desarmamento, uma das leis mais modernas de controle de armas no mundo, que comprovadamente reduziu o índice de homicídios em todo o país. O Sou da Paz trabalhou intensamente pela aprovação desta lei e agora trabalha em rede com organizações de todo o Brasil no monitoramento da implementação de suas medidas.

• A atuação internacional pela construção de um Tratado Internacional de Controle do Comércio de Armas que estabeleça regras claras para as transferências de armas e munições entre os países.

• Na área de Juventude, o desenvolvimento de uma metodologia inovadora para a criação, fortalecimento e integração dos grêmios estudantis, aplicada em mais de 50 escolas públicas de São Paulo e replicada em outras cidades e Estados brasileiros, contribuindo para a criação de ambientes mais democráticos e seguros.

• O trabalho em conjunto com centenas de organizações locais e o grande investimento em projetos na região do Jardim Ângela, que contribuíram para a queda de mais de 70% dos homicídios naquele que já foi considerado o distrito mais perigoso do mundo.

• A promoção e o incentivo ao empreendedorismo social de inúmeros jovens que, depois de passar por projetos do Sou da Paz, começaram suas próprias iniciativas nas comunidades. Exemplos são os de dois jovens da Brasilândia que, a partir da experiência do projeto CENAFOCO, criaram uma organização – a Sala 5 – e uma revista, chamada Menisquência e de grupos de jovens do Jardim Ângela que têm realizado cursos e atividades culturais para a comunidade.

• A aposta no papel dos municípios para a prevenção da violência e a sensibilização das prefeituras para desenvolver diagnósticos e planos de prevenção, articulando as secretarias municipais e as entidades locais. O Sou da Paz já trabalhou com as prefeituras de Diadema e São Bernardo do Campo e está desenvolvendo, na cidade de São Paulo, um projeto inédito de construção e implementação de planos de prevenção da violência e promoção da convivência em 3 distritos. Experiência similar vai começar a ser desenvolvida ainda neste semestre na cidade de Itaquaquecetuba.

• A valorização da polícia que obtém resultados efetivos na prevenção e redução da violência, atuando integrada com outros setores do Estado, usando inteligentemente os recursos disponíveis e aproximando-se da comunidade, sempre, claro, respeitando a lei. Há 4 anos, o Instituto Sou da Paz desenvolve o projeto Prêmio Polícia Cidadã, que tem como objetivo identificar e valorizar publicamente ações realizadas por agentes das Polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, que resolveram problemas nas áreas de atendimento ao público, inteligência, perícia, integração com a comunidade – especialmente a juventude – e policiamento orientado ao problema. As três edições do projeto já premiaram mais de 150 policiais da região metropolitana. O Sou da Paz pretende ampliar a metodologia para outros estados e também disseminar boas práticas para as polícias de todo o Brasil.

Quem quiser conhecer mais sobre o Instituto Sou da paz, clique aqui.

Incluir comentário

  • Um otimo programa que ajuda a todo

    Obrigrado´por tudo que vcs fas pela gente que moramos no brasil
    obrigado
    deixo um forte abraço de agradecimento

    me chamo anny tenho 9 anos
    precisei fasere um trabalho soobre esse progeto e estou adorando

  • o grupo de estudantes que o enunciado do texto trata é a UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. A UBES foi a entidade que criou efetivamente esta marca, haja visto que 11 de agosto é dia do estudante e é, sempre, a data em que as entidades estudantis UNE e UBES realizam suas “jornadas de Lutas”. a deste ano especificamente foi a que foi lançada a campanha SOU DA PAZ pelas duas entidades.
    Posteriormente soube-se que um outro grupo teria criado um instituto e utilizado a martca criada, mas, como já se passam mais de 10 anos e, principalmente, já que o objetivo é o bem comum e a diminuição da violência… que faça-mos bom proveito.
    Só deixo escrito aqui para registro histórico.